O poder da criptografia, em “O jogo da imitação”
O filme de 2014, baseado em fatos reais, conta a história do matemático Alan Turing, que comandou um grupo de superdotados com o objetivo de decifrar o código da máquina Enigma, um sistema criptográfico usado pelas forças alemãs para transmitir mensagens aos soldados no campo de batalha. Nesse caso, a descoberta do código foi decisiva para a derrota do nazismo e serviu como precursor dos computadores modernos. No mundo real: Para garantir o sigilo dos dados, documentos importantes, como planilhas financeiras, contratos, planos de marketing e descrição de novos produtos, precisam ser protegidos por sistemas de criptografia. O objetivo é transformar esses documentos em um conjunto de códigos que só poderão ser decifrados por membros da empresa e pessoas autorizadas.
Cuidado com dispositivos externos, em “A rede”
O filme de 1995 mostra como um simples dispositivo externo conectado ao computador pode causar grandes estragos. Nele, uma especialista em sistemas de tecnologia (Sandra Bullock) insere um disquete em seu computador e, por causa dele, tem sua identidade apagada e seus dados são alterados. Ao longo da trama, ela precisa provar quem é de verdade. No mundo real: Não adianta investir nos melhores softwares e sistemas de proteção se as pessoas que trabalharem com a informação não respeitarem os protocolos de segurança.
O sequestro dos seus dados, em “Black Mirror”
O sequestro de dados digitais tem crescido a cada ano. No episódio “Shut up and Dance”, da terceira temporada da série Black Mirror, vemos a tensa história de um adolescente que, ao instalar um removedor de malware em seu computador, dá acesso a um hacker que usa a câmera do laptop para gravar o garoto em momentos íntimos. A partir daí, ele é obrigado a seguir as instruções do invasor, ou terá seus vídeos publicados na web. No mundo real: As atualizações sinalizadas pelos desenvolvedores dos softwares oficiais, principalmente os de pacote anti-vírus, spam, malwares etc., corrigem falhas que aparecem à medida que novas pragas ou ataques aparecem.
De olho na engenharia social, em “Mr. Robot”
A série que estreou em 2015 e é queridinha entre o pessoal de tecnologia mostra um hacker que consegue, entre outras coisas, driblar vários sistemas de segurança usando engenharia social e ataques de força bruta. O primeiro consiste em conseguir dados de uma pessoa usando a manipulação psicológica, tentando conquistar a confiança da vítima. Já os ataques de força bruta são um método de adivinhar usuários e senhas por meio de tentativas. No mundo real: Não adianta investir nos melhores softwares e sistemas de proteção se as pessoas que trabalharem com a informação criarem senhas fracas, com poucos dígitos ou muito óbvias. Pode parecer difícil de acreditar, mas a sequência de números “123456” foi a senha mais usada no mundo em 2015.
Olho além da sua rede, em “Deep Web”
O documentário de 2015 conta a história da criação de um site chamado Silk Road, voltado ao comércio de drogas na Deep Web e que ganhou visibilidade em 2013 quando foi fechado pelo FBI. O filme mostra a prisão do fundador do site, Ross Ulbricht. No mundo real: Além do sequestro, a venda de dados no mercado negro virtual, principalmente na deep web, também é um dos principais estímulos para os hackers roubarem dados das empresas. Para se ter uma ideia, em 2016, dados de mais de 17 milhões de usuários do LinkedIn estavam à venda no mercado negro por pouco mais de US$ 2.000.