De acordo com pesquisa, falta de preparo para imprevistos, como desastres e falta de eletricidade, coloca em risco operações de pequenas e médias empresas.
Quando os desastres atacam e causam interrupções nos negócios, as pequenas e médias empresas são geralmente as mais atingidas, com perdas diárias médias de 14,5 mil dólares, de acordo com um estudo recente conduzido pela Applied Research e financiado pela empresa de segurança de TI Symantec.
Conduzida em novembro de 2010, a pesquisa ouviu 1.840 entrevistados em 23 países ao redor do mundo para medir o impacto de desastres em pequenas e médias empresas e seu preparo em recuperação de desastres.
As empresas ouvidas pela pesquisa têm de cinco a 499 empregados.
“Os desastres podem ocorrer a qualquer hora, em qualquer lugar, sem aviso”, enfatizou Edwin Tiotuyco, gerente da Symantec Filipinas para canais e vendas territoriais. “O impacto [de desastres] nas pequenas e médias empresas é crítico – eles perdem dinheiro, clientes e até reputação.”
Apesar desses fatos serem de conhecimento, a maioria das pequenas e médias empresas tendem a adotar uma abordagem reativa em relação aos desastres. Metade das empresas pesquisadas criaram um plano apenas depois de passar por uma interrupção; 38% só fizeram um plano nos últimos seis meses; e apenas 39% testaram, de verdade, seus planos.
De acordo com a Symantec, um terço das empresas não pensam que os sistemas computacionais são críticos para seus negócios; dizem que, com elas, nunca ocorreram desastres; afirmam que a preparação para desastres não está em suas prioridades; e que há falta de pessoal qualificado.
“A última coisa que as pequenas e médias empresas fazem é tentar imaginar o que fazer diante de um desastre”, destacou Raymond Goh, engenheiro de sistemas da Symantec.
De acordo com Goh, não ter um plano põe as empresas desse porte em grande risco – especialmente as cerca de 70% que mantém escritórios em áreas sujeitas a desastres naturais.
No ano passado, as pequenas e médias empresas tiveram de liderar com pelo menos cinco interrupções, causadas principalmente por apagões, ciberataques, atualizações e falhas de empregados.
“A preparação para desastres não trata apenas de se preparar para o ‘big one’, mas também para o que pode ocorrer a qualquer hora”, enfatizou.
Para contornar a falta de mão-de-obra especializada, Goh sugere que as pequenas e médias empresas envolvam todos os seus funcionários no processo de elaborar um plano de contingência para desastres. Dessa forma, todos saberão o que fazer quando ele ocorrer.
“É importante também revisar seu plano”, acrescentou. “O cenário de TI muda constantemente. O que não era importante no ano passado pode ser muito importante este ano.”
Fonte: Computerworld