O chefe da Polícia de Estado da Itália, Franco Gabrielli, informou na quinta-feira (16) que as autoridades já identificaram o autor de um ataque hacker cometido dois dias antes e reivindicado pelo grupo Anonymous.
“Podemos dizer que intervimos rapidamente e nós individualizamos quem tinha invadido, então quem invadiu agora é muito pouco anônimo”, ironizou Gabrielli durante sua participação em um evento na cidade de Palermo.
De acordo com o chefe da Polícia, apesar do alarde feito pelo grupo, a invasão acabou subtraindo poucos documentos.
“Há a tentativa de sempre representar a coisa de maneira um pouco grandiosa porque, na verdade, isso dá mais notícia. Fala-se em ataque à Viminale [Ministério do Interior], ataque ao Palácio Chigi [sede do governo], da segurança cibernética do país. Na realidade, estamos falando de duas caixas de correio eletrônico de duas pessoas, uma no Ministério da Defesa e outra da Polícia de Estado”, disse aos jornalistas.
Gabrielli ainda afirmou que “não está em discussão a segurança do Estado” e que, apesar de “haver problemas”, a questão é “muito circunscrita e definida”.
No dia 14, o Anonymous divulgou que havia conseguido inúmeros documentos pessoais, ordens de serviço e dados de segurança de funcionários de várias pastas do governo e da polícia italiana.
Além disso, haveria informações sobre os parentes dos agentes públicos. Entre os documentos que estavam nas mãos dos hackers, estava o esquema de segurança montado para a visita do primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, à cidade de Bolonha. O Anonymous usou a documentação para acusar o governo de ser “corruptor da democracia” e de ter “traído os valores” do país. Até o momento, as autoridades não tinham se manifestado sobre o caso.