Problemas para o futuro – A lentidão preocupa, já que, além de ser um mercado crescente de smartphones, o Brasil sediará a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016.
As redes de celular do Brasil estão longe do ideal para permitir a reprodução de vídeos em smartphones e tablets, e isso não é novidade para os usuários. Mas a SkyFire, empresa especializada na otimização de transmissão de dados, tirou a prova em um estudo divulgado nesta segunda-feira. Segundo a pesquisa, mais de 50% de todos os vídeos assistidos através do 3G no país sofreram com travamentos e recarregamentos (buffering) constantes.
E os resultados ruins não acabam aí. De acordo com a análise, 89% dos vídeos transmitidos pelas redes 3G pararam no meio da reprodução para recarregar o conteúdo, colaborando para a frustração dos usuários – que muitas vezes acabam deixando o clipe de lado. No 2G, o desempenho é ainda pior, como era de se esperar. A lentidão no carregamento e as travadas de buffering do vídeo acontecem em 70% das vezes, e quase 95% das transmissões são interrompidas para recarregar.
Os dados da SkyFire ainda trazem os motivos: nas redes 3G, mais de 40% dos dados enviados são transmitidos a uma taxa abaixo de 300 Kbps – para efeito de comparação, em um dispositivo móvel, é necessária de cinco a dez vezes mais largura de banda. Mesmo Vine e Instagram utilizam taxas de bits muito maiores, indo de 900 a 1.300 Kbps, o que explica a demora na execução dos pequenos clipes postados nas duas redes sociais.
Problemas para o futuro – As redes, que mal aguentam os brasileiros, terão que suportar um volume ainda maior de tráfego com a chegada de um bom número de turistas – só no mês da Copa, por exemplo o total deve passar dos 600 mil, cerca de 10% do total recebido em um ano.
A própria população nacional, aliás, será responsável por um bom aumento no trânsito de dados. De acordo com a Cisco, o Brasil deve chegar a um volume de 251 mil terabytes transmitidos pelas redes móveis em 2017, sendo que vídeos móveis representarão 72% do consumo. Ou seja, as operadoras brasileiras ainda têm muito que melhorar se quiserem estar preparadas para os próximos anos.
Fonte: Info.Abril