A polêmica sobre o armazenamento de dados do WhatsApp ganhou um novo capítulo neste início de junho. Conforme relatado pela CNBC, o Facebook está deixando a nuvem pública da IBM e passará a armazenar os dados do aplicativo de conversação em seus próprios servidores.

Essa mudança não chega a ser uma surpresa. A empresa de Mark Zuckerberg já havia realizado o mesmo processo em outros produtos adquiridos no passado. A diferença do WhatsApp é que essa transição levou mais de dois anos para ser iniciada.

Por enquanto ainda não há qualquer posicionamento oficial do Facebook a respeito do assunto. A IBM, por sua vez, emitiu um comunicado em que se disse orgulhosa do trabalho realizado nos últimos anos e que a mudança é algo natural.

Outro fator que pode estar por trás da decisão é o gasto de US$ 2 milhões por mês com a terceirização do serviço de armazenamento de dados do WhatsApp. Apesar da companhia gastar uma boa quantia para hospedar os dados de 1,2 bilhões de usuários em seus servidores, há a expectativa de que o valor seja menor. Esse ponto, contudo, não foi confirmado pela empresa.

Por fim, é importante lembrar que os rumores de uma integração entre o Facebook e o WhatsApp ganham força com o abandono dos servidores da IBM. Caso isso acontecesse, a rede social teria que resolver o que faria com seu outro aplicativo de chat, o Messenger.

Quando algum serviço para de funcionar, as chances de alguém fazer alguma piadinha com algum operador desastrado tropeçando em um cabo de energia são enormes. No entanto, isso parece ter se tornado realidade no último final de semana, quando a empresa aérea British Airways teve sua operação interrompida, atingindo 75 mil passageiros que tiveram seus voos cancelados.

Como aponta a publicação britânica The Times, os datacenters da empresa foram desativados por engano por algum operador que desativou o fornecimento de energia dos equipamentos acidentalmente, causando o cancelamento de pelo menos 700 voos nos dois principais aeroportos de Londres ao longo de três dias.

A perda de energia nos dois principais datacenters ocasionou a situação desagradável de perder todas as informações sobre voos, sobre as bagagens e sobre os passageiros, forçando a empresa a realizar os cancelamentos.

Como resultado do desastre técnico, a empresa também ficou com uma conta de 100 milhões de libras (cerca de R$ 417 milhões) para reparar o estrago e compensar os passageiros afetados pelos cancelamentos em massa.

A British Airways também foi criticada por algumas políticas internas de cortes de custos que podem ter facilitado o erro humano. Um funcionário chegou a afirmar que a companhia cortou 600 postos de trabalho no setor de TI e terceirizou a função.

Depois do escândalo do WannaCry, tudo que o mundo tecnológico não precisa é de mais um ataque de grande escala, mas foi exatamente isso que descobriu a empresa de segurança Check Point. Um malware foi encontrado em mais de 250 milhões de computadores, sendo que 24 milhões deles são PCs brasileiros.

O malware em questão foi batizado de Fireball, e ele é capaz de se instalar em navegadores para transformá-los em “zumbis”. Para quem não sabe, quando se cita “zumbis” no contexto de segurança digital, estamos falando em máquinas infectadas que ficam sob comando de um cibercriminoso. Basta enviar uma ordem e o computador dominado a realizará, independentemente da vontade do usuário.

No caso do Fireball, a autoria foi atribuída a uma empresa de marketing chinesa chamada Rafotech, de acordo com a Check Point. A função primária do ataque é manipular os PCs infectados para entrar em sites e gerar receitas de publicidade. Isso é feito alterando a página inicial e o motor de busca padrões do browser para uma ferramenta falsa. Ao fazer uma pesquisa, o usuário é redirecionado para um site convencional como o Google ou o Yahoo e realmente recebe os resultados que procurava. A empresa aproveita e também procura obter informações privadas das vítimas, possibilitando o roubo de senhas e outros dados sigilosos.

A segunda parte do Fireball é talvez ainda mais preocupante. Ele também deixa uma porta aberta para que os controladores remotos dos computadores infectados possam instalar o que eles quiserem na máquina. Ou seja: se os autores do malware assim desejarem, eles podem despejar outros tipos de softwares maliciosos com outras funções potencialmente ainda mais nefastas.

Como o escopo do ataque é gigantesco, muitos dos sites de busca falsos para o qual o Fireball redireciona a vítima acabam ficando entre os mais populares da internet. Os dados da ferramenta de medição de tráfego online Alexa colocam vários dos sites entre os 10 mil mais acessados da web; em alguns casos, eles chegam a aparecer entre os 1.000 mais acessados.

O método de distribuição do malware é famoso entre os brasileiros. É o mesmo que fez o gigante chinês Baidu sofrer tanta rejeição no nosso país: a inclusão de softwares indesejados nos instaladores de programas gratuitos que a vítima baixa pela internet, às vezes até mesmo de fontes confiáveis. A Check Point, no entanto, aponta que podem haver outras formas de distribuição ainda não detectadas.

O Brasil é uma das principais vítimas do Fireball, de acordo com o relatório, correspondendo a 24,1 milhões de instalações, ou 9,6% das infecções mundiais, atrás apenas da Índia, com 25,3 milhões (10,1%). Completando o ranking dos maiores afetados estão México, com 16,1 milhões (6,4%), e Indonésia, com 13,1 milhões (5,2%).

Para se proteger, a Check Point dá algumas orientações. A primeira é procurar o Fireball, que pode estar com outro nome, na sua lista de aplicativos instalados no Windows ou Mac e removê-lo. Em seguida, executar algum programa para limpeza de adwares e malwares e, finalmente, resetar as configurações do navegador. Vale a pena sempre remover também os atalhos do browser que você tem na sua área de trabalho e criar novos.

As compras pela internet cresceram 7,4% no ano passado e totalizaram um faturamento de R$ 44,4 bilhões, segundo dados da Ebit. Este aumento, que já é recorrente, apenas evidencia a necessidade dos brasileiros de tomarem cada vez mais cuidado na hora de realizar uma compra online.

Isso deve-se ao fato de que, se há mais internautas dispostos a comprarem pela internet, há também mais pessoas má intencionadas e que vão criar sites fraudulentos para “comercializarem” produtos na rede. Por essa razão, é preciso estar ligado em algumas práticas que ajudam o internauta a saber em quais e-commerces ele pode confiar.

A maneira mais fácil de fazer isso é checando se o site está presente na lista de páginas identificadas como perigosas pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). Além de pesquisar pelo endereço, faça outras buscas pelo número do CNPJ (se houver) e pelo nome da empresa responsável.

Outra medida necessária para se manter seguro é seguir à risca o ditado “esmola demais, o santo desconfia”. Se você viu um smartphone sendo vendido por um preço quase surreal, desconfie. Pode ser que seja um golpe ou que você até mesmo receba o aparelho comprado e perceba que ele, na verdade, é uma réplica, como no caso deste S8.

Há ainda mais ferramentas que podem te ajudar a saber se o e-commerce pode ser confiável. Busque por problemas envolvendo a página no Reclame Aqui e veja as principais críticas dos consumidores e se a empresa tentou solucionar os problemas.

Por fim, não confie nos famosos selos expostos na página que comprovam que o site é realmente seguro. Essas imagens podem simplesmente ter sido copiadas de outras páginas e colocadas sem qualquer autorização no site.

É melhor você tomar cuidado com o que publica no Facebook ou em qualquer outra rede social, principalmente se pretende viajar para os Estados Unidos. Uma nova medida adotada pelo governo de Donald Trump obriga que qualquer pessoa tenha que preencher um questionário com dados sobre as redes sociais utilizadas nos últimos cinco anos.

A nova etapa de checagem foi aprovada no último dia 23 pelo Escritório de Gestão e Orçamento. Polêmica, a norma foi bastante criticada por profissionais e acadêmicos ligados ao setor educacional.

Apesar de só ter entrado em vigor agora, a medida já estava sendo discutida pelo menos desde 2015, ainda no governo de Barack Obama. Em dezembro do ano passado, após a eleição de Trump, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos aprovou a proposta, que deixa os processos de emissão de vistos mais criteriosos.

Além das informações sobre as redes sociais, as autoridades consultares também vão pedir aos interessados em obter o documento que garante acesso ao país norte-americano dados como todos os números de passaportes anteriores, endereços de e-mail e números de telefone.

Além disso, os solicitantes também podem ser obrigados a responder perguntas relacionadas com informações pessoais sobre endereços, locais de trabalho e viagens realizadas nos últimos 15 anos.

De posse dessas informações, a expectativa do governo Trump é de que as autoridades possam determinar de forma mais rigorosa quem pode ou não entrar nos Estados Unidos. “Essas informações são necessárias para confirmar a identidade ou conduzir uma verificação de segurança nacional mais rigorosa”, explica uma autoridade do Departamento de Estado, conforme reportado pela agência Reuters.

O Ministério do Trabalho lançou recentemente o aplicativo Sine Fácil, que fornece algumas ferramentas para auxiliar quem estiver desempregado.

O que o app faz é disponibilizar os serviços do Sistema Nacional de Emprego (Sine) em dispositivos móveis como celulares e tablets. Portanto, é possível consultar vagas de emprego, andamento do seguro-desemprego e o abono salarial por ali.

Segundo informa a pasta, mais de 50 mil vagas são divulgadas pela plataforma diariamente. O cidadão consegue consultá-las de acordo com seu local de residência ou perfil profissional.

Desenvolvido pela Dataprev, o aplicativo está disponível, por ora, apenas para Android, mas uma versão para iOS está a caminho. Para acessá-lo, basta fazer o download no Google Play; o login é realizado apontando a câmera do celular para o código QR pessoal que pode ser obtido no portal Emprega Brasil, nas unidades de atendimento do Sine, no termo de homologação ou na solicitação do seguro-desemprego.

Acontece entre hoje, sexta-feira, 2, e a próxima segunda-feira, 5, uma audiência pública promovida pelo Supremo Tribunal Federal para debater o bloqueio do WhatsApp em todo o país. O objetivo é analisar se os bloqueios judiciais, que já chegaram a impedir temporariamente o funcionamento do aplicativo, violam os princípios defendidos na Constituição Federal.

A audiência foi convocada pelo ministro Edson Fachin e, como relata o Conjur, deve ter como tema central o uso da criptografia, um dos principais motivos para os pedidos de suspensão do funcionamento do app por parte de juízes brasileiros. Devem participar da discussão 23 especialistas e representantes de entidades civis. Também falarão os representantes do WhatsApp e do Facebook e a Polícia Federal.

A briga entre a Justiça e o WhatsApp no Brasil não é novidade. O aplicativo teve seu funcionamento interrompido três vezes, a pedido de juízes, por não colaborar com pedidos de divulgação de informações do usuário. O app afirma que não tem acesso aos dados que a polícia deseja e que não há maneira de violar as regras.

Do total, US$ 192 bilhões virão do aumento da capacidade da mão de obra, US$ 166 bilhões da automação inteligente e US$ 74 bilhões, da difusão da inovação, indica estudo da Accenture Research.

A inteligência artificial (IA) deve adicionar US$ 432 bilhões à economia brasileira em 2035, o que, se confirmado, representará uma elevação de 0,9 ponto percentual em relação ao cenário da linha de base do valor agregado bruto (VAB), que mede valor bruto da produção da economia. Deste montante, US$ 192 bilhões virão do aumento da capacidade da mão de obra e investimento de capital, US$ 166 bilhões da automação inteligente e os US$ 74 bilhões restantes, da difusão da inovação.Os dados são de um relatório da Accenture Research, o qual aponta que a IA tem potencial para adicionar até 1 ponto percentual nas taxas de crescimento econômico anual das principais economias da América do Sul, em 2035, além de transformar o mercado de trabalho e criar uma nova relação entre homem e máquina.

Intitulado “Como a Inteligência Artificial pode acelerar o crescimento da América do Sul”, o estudo destaca o setor público do Brasil, que, apesar responder por aproximadamente 35% do valor agregado da economia, seus serviços são um dos objetos de maior descontentamento popular. E é aí que entra IA, já que, segundo a consultoria, ela pode melhorar os serviços públicos nas mais diversas áreas, do transporte público ao controle de doenças.

O relatório enfatiza o fato de os bancos brasileiros, que estão entre os mais inovadores e ávidos por tecnologia do mundo, virem investindo pesadamente em soluções de IA para melhorar o atendimento aos clientes. Não é para menos. Pesquisa recente mostra que 83% dos brasileiros consumidores de serviços financeiros declararam que confiariam em recomendações bancárias totalmente geradas por computador, contra uma média global de 71%.

A indústria de transformação é outro setor grande da economia brasileira, responsável por 12% do valor agregado. O setor tem sofrido nos últimos 25 anos e, segundo o estudo, a IA pode oferecer soluções inestimáveis para reavivar sua produtividade e crescimento. Já existem, no país, startups gerando novas soluções de aprendizagem de máquina para melhorar o desempenho industrial.

O relatório da Accenture destaca, entretanto, que a economia brasileira enfrenta deficiências estruturais persistentes que prejudicam sua capacidade de absorver os benefícios da IA e de outras oportunidades da era digital. Entre estes, a principal é a baixa qualidade do sistema educacional, incluindo uma proporção muito reduzida de jovens adultos na educação terciária e a debilidade de muitas instituições de pesquisa científica. O Brasil se beneficiaria significativamente da construção de ecossistemas de pesquisa mais fortes, tanto nacionais quanto globais, e da promoção de uma mentalidade mais inovadora em toda sua economia. Tudo isso requer atuação sincronizada entre formuladores de políticas e empresas.

A pesquisa conclui que, quando tratada pelas empresas como um fator de produção, a IA proporciona aceleração ao crescimento de três maneiras distintas: por meio da automação inteligente (criação de uma força de trabalho virtual), da aceleração das inovações na economia e da intensificação das competências na força de trabalho.

“O estudo se baseia no fato de que, globalmente, há algumas décadas, o modelo tradicional de expansão econômica vem sofrendo um forte declínio. A partir disso, algumas soluções aliadas à IA, como robótica e big data, poderiam ser a solução para o atual cenário em que a produção de capital e a mão de obra já não geram taxas de crescimento consistentes”, analisa Armen Ovanessoff, diretor executivo da Accenture Research para a América Latina.

Instalada nesta semana pela Câmara dos Deputados, comissão terá como objetivo discutir ideias sobre as negociações envolvendo moedas virtuais.

A Câmara dos Deputados instalou nesta terça-feira (30), uma comissão especial para discutir a regulamentação das negociações de moedas virtuais, como Bitcoins. Segundo o site da Casa, os trabalhos serão comandados pelo deputado Alexandre Valle (PR-RJ), enquanto Expedito Netto (PSD-RO) será o relator do colegiado.

Entre os assuntos que serão debatidos pela comissão estão a redução dos riscos das moedas virtuais contra a estabilidade financeira da economia, a diminuição da possibilidade de essas moedas financiarem atividades ilegais e a proteção para o consumidor contra eventuais abusos.

A regulamentação das transações com moedas virtuais é tratada na Câmara pelo Projeto de Lei 2303/15, de autoria do deputado Aureo (SD-RJ). Pelo texto, essas operações deverão ser fiscalizadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). No entanto, o órgão, ligado ao Ministério da Fazenda, já se mostrou contra essa regulamentação.

Responsável por comandar os trabalhos da nova comissão, o deputado Alexandre Valle reconhece a dificuldade de regulamentar uma moeda virtual, mas defende a fiscalização dessas transações. “No caso de Bitcoin, a valorização é absurda, como é que uma moeda dessa pode valer 10 mil reais e ninguém controla, ninguém fiscaliza?”, questionou o político.

Valle ainda afirmou que a comissão irá ouvir órgãos como o Banco Central e a Receita Federal sobre a viabilidade de tributar as negociações.