Adwares: saiba por que, além de chatos, eles são perigosos | UOL Segurança Online
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Possivelmente, ao navegar pela internet, você já deve ter visto janelas pop-up com mensagens como: “você ganhou um novo celular grátis. Clique AQUI!”; “você é nosso usuário 500 mil e ganhou um prêmio. Clique AQUI!”; ou outras mensagens semelhantes que se referem a algo bom demais para ser verdade. O adware normalmente aparece aos usuários através desse tipo de anúncio, seja por meio do computador ou smartphone. Se o usuário clicar onde não deveria e for infectado, provavelmente aparecerão pop-ups exibindo anúncios invasivos e indesejados.

O que é adware?

Adware é a combinação das palavras “advertising” (publicidade) e “software” (programa) e se refere a qualquer software, malicioso ou não, que nos mostra anúncios em um aplicativo ou no navegador da web para gerar lucros a partir de cliques em anúncios.

O adware pode ser considerado como um malware?

Embora o adware seja frequentemente referido como um tipo de malware, a realidade é que o adware é considerado como um grayware ou aplicativo potencialmente indesejado (PUA). Isso significa que, embora possa levar a sites falsos, o risco de outra ação maliciosa é bem menor.

Portanto, embora o adware geralmente não seja perigoso por si só, em alguns casos, ele pode ter outros alvos que representam um risco maior; por exemplo, coletar dados. Foi o caso, por exemplo, do adware Wajam, capaz de coletar e filtrar informações do usuário vítima, como o software instalado, o modelo do computador, entre outros dados.

Podemos notar que temos um adware instalado em nosso dispositivo quando começamos a observar o surgimento de pop-ups com anúncios falsos sem motivo aparente, ou quando vários anúncios aparecem consecutivamente causando incômodo durante a navegação, ou se somos redirecionados para sites não desejados que podem levar a realizar o download de um malware.

Devido a esse tipo de comportamento, talvez seja o malware mais fácil de detectar, já que toda sua atividade maliciosa é invasiva e pode ser identificada pelo usuário ao navegar na internet.

Como o adware chega aos nossos dispositivos

Existem várias maneiras de instalar esse tipo de software indesejado em nossos dispositivos. Ele pode ser inserido no computador ao instalar um software gratuito (Freewares ou Sharewares) e realizar modificações em nosso navegador. Por exemplo, instalar uma barra de ferramentas que não queremos, modificar a página inicial do navegador ou o buscador que utilizamos por padrão por um que apresenta anúncios que, na maioria dos casos, não estão relacionados com a nossa pesquisa principal.

Quando o adware é instalado junto com o software gratuito, normalmente é o próprio usuário quem aceita a instalação da ameaça ao não ter a atenção devida durante o processo de instalação. Isso significa que o adware frequentemente acessa o sistema de uma forma “legal” já que o usuário aceita a instalação. O que se recomenda é excluir um arquivo que seja detectado pelas soluções de segurança como adware, já que existe a possibilidade de que ele contenha um código malicioso.

Como o adware se propaga

O adware pode se propagar e infectar seu computador de várias maneiras, por exemplo:

É importante lembrar que quando alguém baixa e instala um software no computador, esses programas vêm com um contrato de “termos e condições de uso” no qual detalham os direitos de propriedade intelectual, o que vai ser instalado no sistema, quais permissões estão sendo concedidas e quais não são, entre outras informações.

Ao aceitar esse contrato, sem ter lido cuidadosamente o documento, o usuário garante o seu consentimento para a possível instalação de um desses adwares ou de qualquer outro tipo de software que possa estar incluído.

Como destacamos anteriormente, é importante estar atento ao longo do processo de instalação, pois em alguns casos existe a possibilidade de optar por instalar ou não outros aplicativos que não estejam relacionados com o software que será instalado.

Como isso afeta meu computador?

Aqui estão alguns comportamentos que podem indicar uma possível infecção:

No meu telefone também?

Os adwares não afetam apenas os computadores, mas também podem se propagar em dispositivos móveis, infectando-os por meio do navegador da web ou de aplicativos hospedados em lojas de terceiros oficiais e não oficiais.

Como posso me proteger?

Para estar protegido contra esse tipo de ameaça, é fundamental ter em conta alguns pontos:

Somente no primeiro semestre deste ano, a G Data, fornecedora de soluções antivírus, detectou cerca de 10 milhões de novas ameaças cibernéticas no mundo. De acordo com o relatório divulgado pela empresa, o Windows se manteve como a plataforma mais atacada e os cavalos de Troia (trojans), Pups (programa potencialmente indesejados) e adwares, mais uma vez, foram as ameaças mais recorrentes.

O relatório mostra que a criação de novos malwares ocorre em ritmo exponencial e que o futuro não reserva boas notícias quando o assunto é ataques cibernéticos. Há dez anos, a G Data havia identificado a existência de 133.253 novos malwares, um número insignificante se comparado aos 10 milhões atuais e se considerado também que os criminosos levam hoje apenas cinco dias para criar a mesma quantidade exemplares de vírus criada durante todo o ano de 2007.

Segundo o estudo, nos primeiros seis meses deste ano os criminosos produziram 4.891.304 novos programas maliciosos, 70% do total do ano passado. Isso significa que mais de 27 mil novos vírus são criados por dia ou um novo vírus a cada 3,2 segundos. “Essa é situação figura alarmante”, comenta Ralf Benzmüller, especialista da G Data. “O cenário é, de fato, assustador: aproximadamente um em cada seis programas maliciosos foi criado diariamente durante o primeiro semestre de 2017. Se este ritmo vertiginoso de malware for mantido, finalizaremos o ano com um lote de 20 milhões de novas ameaças.”

A G Data é representada no Brasil pela FirstSecurity.