A moeda virtual bitcoin foi desenvolvida para confrontar a hegemonia bancária. Ironicamente, tudo indica que sua tecnologia-base, o blockchain — sistema de criptografia que dá suporte às transações com bitcoins —  será usada para fortalecê-la ainda mais.

O bitcoin despertou a atenção dos bancos no mundo todo não exatamente por sua ideia de desafiar o sistema financeiro com a circulação de dinheiro virtual, mas sim por seu sistema de criptografia icônico no processo de transformação digital que vivenciamos atualmente.

O blockchain funciona como um registro de transações e é baseado em um banco de dados distribuído e descentralizado. Para hackear o blockchain, seria necessário quebrar a criptografia de todos os blocos da cadeia, em todos os computadores da rede e ao mesmo tempo, o que torna a tarefa virtualmente impossível e confere um sistema seguro.

Comparado a um livro-razão de todas as operações bitcoins, o blockchain foi descrito pela revista britânica The Economist, em 2015, como uma tecnologia extremamente disruptiva, que permitirá inovações nos sistemas de segurança dos bancos, tornando as transações muito mais seguras e baratas do que são atualmente. É por isso que muitas instituições financeiras trabalham arduamente para encontrar um ponto de ligação entre o blockchain e seus sistemas de segurança digital.

A seriedade com que o mercado financeiro enxerga essa tecnologia é tão grande que grandes players do segmento, como Nasdaq, Visa e Citi, já mergulharam em testes para aplicar a segurança do blockchain em suas transações financeiras.

Segundo estudo do Fórum Econômico Mundial, cerca de 10% do PIB global estará em blockchain até o ano de 2027. Tudo aponta, portanto, que, com o fortalecimento da transformação digital, as empresas migrem cada vez mais seus serviços para nuvem, alcançando processos 100% digitais, o que inclui as transações eletrônicas criptografadas que deverão, em breve, entrar no cotidiano das empresas e dos consumidores.

Com a globalização do capital financeiro, é necessário que as transações sejam cada vez mais eficientes, baratas e menos sujeitas a vulnerabilidades. A tecnologia blockchain permite exatamente isso, já que a descentralização e automação de atividades de troca de valores e propriedade de fundos diminui custos de transação, além de ser mais segura devido à verificação peer-to-peer.

Assim, bancos, operadoras de crédito e bolsas de valores já estão testando a utilização e aplicabilidade da tecnologia blockchain em seu dia a dia. É algo que promete reduzir falhas, vulnerabilidades e custos de transação, portanto aumenta os rendimentos de seus usuários e ajuda a superar crises. Além disso, é uma tendência que condiz com a atual digitalização das operações financeiras e bancárias, que crescentemente deixam de ser realizadas por meio da circularidade das moedas e dos títulos de valor mobiliário.

O Google Play é a alma do Android. É ele que faz o sistema ser tão especial, com tantos aplicativos interessantes e úteis. Infelizmente, porém, a falta de controle do Google sobre o que os desenvolvedores publicam também abre espaço para que muito lixo seja disponibilizado na loja.

Um desenvolvedor, usuário do Reddit, percebeu a situação e achou que a melhor forma de lidar com o problema seria criando uma “lista da vergonha” para denunciar os aplicativos que adotam práticas negativas. A lista está disponível no site Android Blacklist, neste link.

Todos os itens listados no site incluem ao menos uma das características negativas apontadas abaixo:

Até o momento a lista é curta, mas representativa. Ela abrange aplicativos bastante conhecidos como o TrueCaller, apontando a prática de coletar todos os seus contatos para funcionar como identificador de chamadas e a suspeita de que a empresa estaria vendendo dados pessoais, e o ES File Explorer, um dos mais populares gerenciadores de arquivos do Android pelos seus anúncios invasivos.

Enquanto a lista publicada ainda está pequena, a lista de apps que devem ser publicados em breve já está grande. Ela está disponível nesta planilha do Google Docs, que também mostra quais são os “crimes” cometidos por cada um dos apps, embora sem riqueza de detalhes.