Os pesquisadores da Kaspersky Lab identificaram um esquema de fraude que distribuiu e instalou secretamente um software de mineração nos computadores de usuários por meio de softwares piratas de editores de fotos e de texto.

Os cibercriminosos usavam sites que prometiam pacotes de softwares gratuitos de programas como Adobe Premiere Pro, CorelDraw, PowerPoint, entre outros para atrair as vítimas.

Depois de baixar um software, o usuário recebe um arquivo comprimido que também contém um programa de mineração, que é instalado automaticamente junto com o software desejado. O arquivo comprimido de instalação inclui arquivos de texto com informações de inicialização, como endereços de carteiras e pools de mineração – um servidor que reúne vários participantes e distribui a tarefa de mineração entre seus computadores.

Depois de instalados, os mineradores começam a funcionar silenciosamente no computador da vítima, gerando dinheiro criptografado para os criminosos. Em todos os casos eles usaram o software do projeto NiceHash, que sofreu recentemente uma violação de cibersegurança, resultando no roubo de milhões de dólares em moeda criptografada.

Além disso, os especialistas descobriram que alguns mineradores continham um recurso especial que permite que o usuário altere remotamente o número da carteira, o pool ou o minerador. Isso quer dizer que, a qualquer momento, os criminosos podem definir outro destino para a moeda criptografada e assim administrar seus ganhos, distribuindo fluxos de mineração entre carteiras ou até fazendo o computador da vítima trabalhar para outro pool de mineração.

Para evitar que seu computador faça parte de uma rede de mineração, a recomendação é de que os internautas tenham um antivírus instalado e baixe apenas software legítimo de fontes comprovadas.

 

Instalada nesta semana pela Câmara dos Deputados, comissão terá como objetivo discutir ideias sobre as negociações envolvendo moedas virtuais.

A Câmara dos Deputados instalou nesta terça-feira (30), uma comissão especial para discutir a regulamentação das negociações de moedas virtuais, como Bitcoins. Segundo o site da Casa, os trabalhos serão comandados pelo deputado Alexandre Valle (PR-RJ), enquanto Expedito Netto (PSD-RO) será o relator do colegiado.

Entre os assuntos que serão debatidos pela comissão estão a redução dos riscos das moedas virtuais contra a estabilidade financeira da economia, a diminuição da possibilidade de essas moedas financiarem atividades ilegais e a proteção para o consumidor contra eventuais abusos.

A regulamentação das transações com moedas virtuais é tratada na Câmara pelo Projeto de Lei 2303/15, de autoria do deputado Aureo (SD-RJ). Pelo texto, essas operações deverão ser fiscalizadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). No entanto, o órgão, ligado ao Ministério da Fazenda, já se mostrou contra essa regulamentação.

Responsável por comandar os trabalhos da nova comissão, o deputado Alexandre Valle reconhece a dificuldade de regulamentar uma moeda virtual, mas defende a fiscalização dessas transações. “No caso de Bitcoin, a valorização é absurda, como é que uma moeda dessa pode valer 10 mil reais e ninguém controla, ninguém fiscaliza?”, questionou o político.

Valle ainda afirmou que a comissão irá ouvir órgãos como o Banco Central e a Receita Federal sobre a viabilidade de tributar as negociações.

Em 2011, a moeda era comercializada pelo valor de R$ 5,06 pelo MercadoBitcoin, site para intermediação de compras e vendas de moedas digitais.

O preço da moeda digital bitcoin atingiu seu maior valor histórico. Em 2011, a moeda era comercializada pelo valor de R$ 5,06 pelo MercadoBitcoin, site para intermediação de compras e vendas de moedas digitais, e nesta quarta-feira, 24, ultrapassou a marca dos R$ 10 mil, valor 2 mil vezes maior. No início de março de 2017, a moeda era comercializada, em média, por quase R$ 4 mil, hoje esse valor é três vezes maior.

“Os principais motivos desta alta são regulação do Bitcoin como meio de pagamentos no Japão no fim de março e o otimismo com os avanços técnicos da moeda. Além disso, há o otimismo gerado em uma conferência de moedas digitais que acontece em Nova Iorque durante essa semana”, diz Rodrigo Batista.