Pacientes no ambulatório de radioterapia do Hospital de Câncer de Barretos
Um ataque de hackers afetou o sistema do Hospital de Câncer de Barretos (a 423 km de São Paulo) nesta terça-feira (27) e prejudicou a realização de ao menos 350 exames.
De acordo com o hospital, a invasão foi percebida por volta das 9h e afetou as unidades de Barretos, Jales e Porto Velho (RO), além dos institutos de prevenção em outras cidades do país. A Santa Casa de Barretos, administrada desde 2016 pela fundação responsável pelo Hospital de Câncer, também foi atingida.
Os hackers pedem o pagamento de resgate de US$ 300 (o equivalente a R$ 995,40, ao câmbio desta terça) por computador, a serem pagos em bitcoins, dinheiro digital usado para compras legais de produtos, mas também para diferentes transações ilegais.
A Força Aérea dos Estados Unidos fez um convite à comunidade hacker para que as pessoas tentem invadir alguns dos seus sistemas que têm foco voltado ao grande público.
O programa dá sequência a uma nova forma de atuação do governo federal em relação a ameaças digitais. Se antes a cibersegurança era tratada como assunto estritamente secreto, desde o ano passado os EUA passaram a contar com ajuda externa para lidar com esse tipo de ameaça.
Em abril passado, foi lançado o Hack the Pentagon, o primeiro programa de recompensa por bugs das Forças Armadas. Mais tarde, os sites do Exército foram incluídos no esquema, e agora chegou a vez da Aeronáutica.
Tem havido pequenas aberturas a cada etapa. Por exemplo, esta será a primeira vez que gente fora dos EUA poderá participar. Hackers baseados no Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia estão livres para tentar invadir a Força Aérea em busca de premiações.
Os valores não foram informados, mas o TechCrunch conta que os interessados precisam se registrar pelo HackOne (que vem organizando esses programas junto ao governo) para participar. O credenciamento começará em 15 de maio, e as caças poderão ser realizadas entre 30 de maio e 23 de junho.