A polícia do sul do País de Gales vai examinar o rosto de cada uma das pessoas que entrarem no estádio em Cardiff na final da Champions League. O sistema vai usar câmeras do estádio e imagens da estação de trem próxima a ele para comparar com cerca de 500 mil rostos de pessoas procuradas, incluindo vândalos e terroristas.

A medida gerou discussão em relação à privacidade dos usuários, mas segundo Tony Porter, comissário de câmeras de vigilância do Reino Unido, a polícia só vai colher as informações que precisar e vai adotar uma abordagem transparente em relação aos dados.

Não se sabe como o sistema fará para reconhecer os rostos, já que milhares de pessoas estarão nos locais e, em teoria, é preciso gravar os rostos de formas claras e visíveis. Em testes realizados pela Polícia Metropolitana de Londres no Carnaval, não foi encontrada nenhuma pessoa da lista, mas as autoridades acabaram prendendo mais de 400 pessoas.

Recentemente, o bilionário Elon Musk revelou a Neuralink, uma nova empresa que tem como proposta a criação de uma interface entre cérebro e máquinas que permitiria expandir os limites da inteligência humana. Agora, foram revelados mais detalhes sobre os planos da empresa.

A proposta parece sair diretamente de filmes de ficção científica. A ideia de Musk é que a Neuralink ajude a humanidade a superar os limites da linguagem. Hoje, o nosso cérebro tem de respeitar formas bastante limitadas de input e output, que incluem ler, ouvir, falar e escrever. São formas de comunicação restritas a alguns bits por segundo, quando colocamos isso em termos tecnológicos.

Ou seja: para nos comunicarmos, precisamos “comprimir” nossos pensamentos em uma forma comunicável, com palavras, e deixar que a outra pessoa do outro lado faça a “descompressão” das informações, o que é um processo que ocasiona perdas. A Neuralink pretende acabar com esses gargalos na comunicação humana.

Musk também pretende ir além da comunicação entre pessoas com a Neuralink. Seu projeto tem como meta permitir que a humanidade acompanhe os avanços da inteligência artificial, o que seria alcançado transformando os humanos em ciborgues, com IA integrada ao cérebro. A conexão direta de alta velocidade possibilitaria que nossas mentes fossem integradas a inteligências artificiais baseadas na nuvem para acelerar nossa compreensão e inteligência.

No entanto, Elon Musk também afirma que essa realidade está distante da nossa. Ele estima que ainda serão necessários entre oito e dez anos de desenvolvimento e testes antes que seja possível aplicar a tecnologia a alguma pessoa sem qualquer tipo de deficiência. A princípio, a Neuralink vai procurar desenvolver aplicações terapêuticas com sua tecnologia, o que deverá ajudar bastante na obtenção de aprovação de órgãos reguladores para testes humanos.