Imagem de: Empresas investem pesado em TI e segurança no Brasil, diz estudo

A empresa de proteção e fornecimento de experiências digitais Akamai revelou resultados de seu recente estudo encomendado à agência de pesquisas Toluna, informando que, com base em mais de 400 companhias e tomadores de decisão, 46% das empresas investiram fortemente no setor de tecnologia da informação (TI) nos últimos meses.

Além disso, 54% dos respondentes reavaliaram protocolos de segurança e adotaram novas medidas para a proteção online de suas organizações, sendo que 23% das participantes não protegidas pretendem aumentar o orçamento na área “o quanto antes”.

Seguindo a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o projeto foi realizado através de um painel online entre julho e agosto de 2021.

Os ataques cibernéticos podem ser os culpados

Especialistas da entidade especulam que o aumento de ataques de hackers no Brasil influenciaram os investimentos. “A Akamai projeta um crescimento de mais de 1400% de Roubos de Credenciais (em inglês, Credential Abuse) com alvo em território brasileiro”, adicionou Claudio Baumann, diretor-geral da instituição na América latina. O profissional afirma que o país sofreu 238 milhões ataques deste tipo em 2019, e há uma expectativa de 3,7 bilhões em 2021, então esta mudança brusca ocorreu em dois anos.

Vale ressaltar também exemplos recentes de ataques de ransomware envolvendo o Superior Tribunal de Justiça (STJ), a Renner e a Secretaria do Tesouro Nacional.

O crescimento do número durante a pandemia, segundo a Akamai, está ligado ao trabalho remoto, que deixou empresas vulneráveis, pois permitem que colaboradores naveguem por suas redes domésticas e acessem dados sem supervisão.

“O setor de tecnologia se mostrou indispensável para a continuidade dos negócios de praticamente todas as empresas. Por isso, a área de TI está em plena expansão, exigindo cada vez mais que funcionários e líderes saibam dos riscos a que estão expostos na era digital e procurem medidas efetivas para se blindar de possíveis ataques cibernéticos”, explicou Baumann.