Cuidar da segurança das informações é essencial e estratégico e, fazer análise de vulnerabilidades é uma ação importante para se manter protegido dos riscos que as redes podem oferecer.
A análise de vulnerabilidades é um conjunto de processos que permitem que os gestores mapeiem problemas que afetam a infraestrutura e os sistemas de TI, dando informações para tomar medidas de segurança.
O que é análise de vulnerabilidades?
Antes de falarmos como esse processo é feito, é importante que você entenda mais sobre ele. A análise de vulnerabilidades é um processo preventivo, que encontra os focos de erros e diminuem suas chances de acontecer.
A análise é o processo de identificação de falhas e vulnerabilidades que podem expor seu sistema e dados a diversas ameaças. É uma avaliação ampla da segurança, indicando as fraquezas para eliminar ou reduzi-las.
As brechas na segurança podem acontecer de diversas formas, seja por falhas humanas, erros de programação ou má configuração dos sistemas.
As falhas humanas são comuns de acontecer, principalmente com colaboradores sem treinamento, que clicam em links suspeitos ou baixam documentos infectados, por exemplo.
Os erros de programação se dão por falhas nos desenvolvimentos de sistemas que mantêm brechas que podem atrair vulnerabilidades, enquanto a má configuração são os softwares sem devida manutenção, que não garantem uma segurança adequada.
A análise de vulnerabilidades tem diversos objetivos além de identificar e corrigir brechas nos sistemas, e podemos citar o desempenho e segurança, a melhoria da configuração dos softwares, implantação de novas soluções de segurança, garantir a melhoria contínua de infraestrutura da empresa, entre outros.
Para que a análise de vulnerabilidades aconteça, podemos citar quatro principais etapas, que são o escaneamento de vulnerabilidades, avaliação de vulnerabilidades, avaliação de riscos e tratamento do risco, falaremos em breve sobre cada uma delas.
Como fazer análise de vulnerabilidades? Confira 9 passos importantes!
Agora que você sabe mais sobre o processo de análise de vulnerabilidades, é importante saber como realizar esse processo, certo?
A aplicação da análise é composta por algumas rotinas básicas, que identificam as falhas da infraestrutura e classifica cada uma delas conforme seu perigo e necessidade de intervenção. Confira alguns passos importantes e comece já a sua análise!
1. Identifique todos os ativos de TI
Para começar o processo de análise de vulnerabilidades é preciso identificar todos os ativos de TI da empresa, isso diz sobre tudo o que compõe a infraestrutura como hardwares, softwares e peopleware.
Todos eles devem ser mapeados e registrados para passarem pelas próximas etapas. Por meio dessa etapa crucial é possível ter uma ideia sobre atividades críticas para serem tratadas posteriormente.
2. Faça um scan de vulnerabilidades
O escaneamento de vulnerabilidades é uma das principais etapas da análise. Para esse processo é essencial utilizar uma ferramenta de scan, que vai identificar as vulnerabilidades do ambiente.
O scan de vulnerabilidades realiza uma varredura em IP’s externos ou ativos na rede interna, categorizando as vulnerabilidades pelos seus riscos e identificando e classificando as possíveis brechas de segurança.
As verificações externas identificam as maiores ameaças imediatas, atualizações necessárias de software e firmware, portas e protocolos, entre outros. Enquanto a varredura interna, aprimora as redes do próprio ambiente.
Seja interna ou externamente, é preciso contar com processos que mantenham segura as informações da empresa.
Essa solução de ser feita periodicamente, para realizar a gestão de ativos e aplicar as correções sempre que necessário.
3. Avalie as vulnerabilidades
Outro passo importante é a avaliação de vulnerabilidade. Nessa etapa, as ameaças são listadas e classificadas a partir dos riscos que oferecem para a infraestrutura.
Essa avaliação serve como um guia para a correção e solução que será aplicada em cada brecha encontrada no sistema.
Aqui, a equipe deve criar um modelos das principais ameaças em seus ativos e métodos como o STRIDE, da Microsoft, são muito utilizados.
O STRIDE diz sobre 6 tipos de ameaças, que são Spoofing of identity (roubo de identidade ou falsificação); Tampering with data (violação ou adulteração de dados); Repudiation of transaction (repúdio de transação); Information disclosure (divulgação não autorizada de informação); Denial of service (ataques de negação de serviço) e Elevation of privilege (elevação de privilégio).
É possível listar os ativos com as categorias do STRIDE ou criar as próprias ferramentas da empresa para fazer esse monitoramento.
4. Faça avaliação de riscos
A avaliação de riscos é outra parte essencial que compõem o processo de análise de vulnerabilidades e, para que ela seja feita, é preciso entender bem sobre o funcionamento de seus sistemas.
Nessa fase, é importante contar com diversos membros das equipes para entender todos os processos e infraestruturas fundamentais para a empresa, para então partir para a avaliação com informações concretas e reais.
Durante a avaliação de risco, se localizam e classificam os ativos da organização. Esse processo envolve relacionar servidores, estações de trabalho, dispositivos e qualquer mídia que pode ser alvo de ataque.
Após isso, é preciso classificar cada um quanto ao tipo de informação que carregam, é comum utilizar uma escala de 1 a 5, que diz sobre:
- Diz respeito às informações públicas sobre a organização;
- Os dados internos, mas que não são confidenciais;
- São as informações sensíveis, como planos de negócios;
- Dados que não podem ser vistos nem mesmo por todos os funcionários, como as planilhas de salários;
- Todas as informações confidenciais.
5. Trate os riscos
Depois de avaliar as vulnerabilidades e riscos é preciso fazer o tratamento de todos eles. Nesse momento, a organização precisa mitigar as vulnerabilidades detectadas nas etapas anteriores.
Sabendo o que está em risco e qual o perigo e importância de cada um deles, torna-se mais fácil enumerar as ameaças que devem ser atacadas primeiro e corrigidas o quanto antes para não prejudicar a segurança do ambiente.
6. Realize testes de invasão
Após aplicar o scan de vulnerabilidades, é importante fazer testes de invasão para testar a segurança dos sistemas e é por meio deles que se identificam outras falhas que podem não ter sido encontradas na empresa.
O teste de penetração é um conjunto de técnicas e ferramentas utilizadas para identificar falhas de segurança em sistemas e redes corporativas.
Essa ferramenta complementa o escaneamento de vulnerabilidades e utiliza softwares e ferramentas para tentar invadir os sistemas, simulando ações de hackers e criminosos para infiltrar a estrutura de TI.
Esses testes podem ser de três tipos, black box, o white box e o gray box. O black box, considera que o hacker não conhece previamente a infraestrutura da empresa, gastando tempo na análise e simulando um ataque tipicamente externo.
O white box acontece quando o hacker já tem conhecimento da infraestrutura analisada, identificando atividades que são feitas de dentro da empresa ou por pessoas que conhecem os sistemas.
Já o grey box, é um teste intermediário, que mistura duas modalidades anteriores, ou seja, o hacker tem algumas informações, mas não sabem tudo sobre a infraestrutura. É como se fosse um usuário comum, com permissões limitadas.
Independente de qual tipo de teste for realizado, é importante contar com profissionais capacitados e éticos, que não utilizarão as informações para outros fins.
7. Faça que a análise seja uma prática constante
É preciso entender que atividades de segurança não são processos que se fazem uma vez e são esquecidos na empresa. A análise de vulnerabilidades é uma tarefa constante, para garantir a segurança da informação em qualquer momento.
É ideal colocar essa tarefa na rotina da organização e determinar períodos para que ela seja realizada. Também é relevante contar com sistemas específicos para realizar essas análises de forma automatizada.
8. Crie políticas de segurança
Não adianta fazer análise de vulnerabilidades e não ter boas práticas de gestão de TI, que garanta que a empresa minimize riscos.
Crie políticas de segurança, direcione práticas do setor que envolvam manutenção de equipamentos, monitoramento de sistemas, identificação de problemas, entre outros.
O importante é aumentar no máximo a performance da segurança e não ter que trabalhar apenas para corrigir erros, mas se adiantar frente às vulnerabilidades encontradas no ambiente.
9. Dê treinamentos e eduque os colaboradores
Mesmo que a maior parte da análise de vulnerabilidades sejam automatizadas, é preciso que os colaboradores entendam sua importância e se engajem nesse processo, afinal, eles são parte das origens de diversas falhas existentes.
Divulgue boas práticas, eduque os colaboradores com relação à segurança e busque já diminuir os riscos nesse ponto do processo. Como dissemos, falhas humanas dão aberturas para ataques e vulnerabilidades, portanto, é preciso trabalhar nessa remediação.
Ofereça treinamentos, ensine os processos e trabalhe com rotinas padronizadas de segurança.
Quais são os benefícios da análise de vulnerabilidades?
Realizar análise de vulnerabilidades pode levar uma série de vantagens para empresas e trata-se de uma ferramenta preventiva e corretiva, afinal, além de identificar brechas, acusa alterações dos sistemas e dá insumos para o tratamento dos riscos.
Aumento da segurança
Sem dúvida, a segurança é o principal fator para a análise de vulnerabilidades. Empresas que conhecem seus sistemas e suas falhas sofrem menos riscos de ataques de cibercriminosos.
Ataques podem vir de diversas formas, mas ao contar com sistemas desatualizados, contas inativas, falhas humanas e erros de software, torna-se muito mais fácil ele entrar no seu sistema e tudo isso pode ser identificado e tratado por tal análise.
Colocar a segurança em primeiro lugar é essencial para seus dados e de seus clientes. Além disso, estar em dia com a segurança ajuda com que as empresas entrem em conformidades com regras e leis sobre isso, como a Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD.
Agilidade da identificação de falhas
Como dissemos, é natural ocorrer falhas nas empresas e identificá-las rapidamente é um grande ganho para as organizações.
A análise de vulnerabilidades permite que os gestores mantenham a visão do negócio e de seus ambiente, conhecendo rapidamente seus riscos e evitando que eles cresçam de forma prejudicial.
Além disso, garante que as falhas sejam tratadas de forma antecipada, visando continuidade das operações e minimizando as interrupções das equipes de TI em problemas futuros.
Aumento da integridade e confidencialidade dos dados
Manter os dados protegidos e confidenciais é um dos princípios da segurança da informação e muitas empresas têm sofrido com vazamentos e perdas importantes.
Para estar em conformidade com as regras estabelecidas, com o mercado e até mesmo com a ética entre empresa e cliente, é preciso manter essa integridade.
Com a análise de vulnerabilidade, os sistemas ficam mais protegidos, aumentando a confidencialidade das informações da empresa, evitando problemas para a imagem da organização.
Economia de tempo e dinheiro
Mapear, priorizar, entender e tratar as vulnerabilidades faz com que a empresa economize tempo e dinheiro. Agir de forma preventiva faz com que os serviços sejam mais eficazes e não seja preciso “apagar incêndios”.
Corrigir fraquezas antecipadamente diminuem ataques que dão muitos prejuízos financeiros e de imagem, por isso, a economia de tempo e de dinheiro é mais uma grande vantagem da análise de vulnerabilidades.
Competitividade no mercado
Empresas com boas práticas de segurança se destacam no mercado e tem mais chances de adquirir e manter clientes, afinal, a segurança é ponto decisivo na escolha de parceiros e fornecedores.
A proteção de dados fica ainda mais relevante com a LGPD e, por isso, ter práticas e rotinas de segurança certamente leva as organizações a níveis mais altos no mercado.
Agora que você sabe mais sobre o que é análise de vulnerabilidade e como fazê-la, coloque em prática esse processo e deixa seus informações ainda mais protegidas.
Aproveite que você está por dentro do tema análise de vulnerabilidade e saiba mais sobre a CITIS SOAR, outra importante técnica de segurança!