Criminosos vendem “contas-pirata” da Netflix após fim do compartilhamento

Divulgação/Check Point

Antes visto como uma possível resposta para o problema da pirataria, a Netflix pode se ver sofrendo com esse problema pelas mãos de cibercriminosos. Desde o anúncio de que o serviço de streaming passaria a restringir o compartilhamento de contas entre usuários de residências diferentes, que começou a ser implementado nesta semana, aumentou o fluxo de venda de perfis fraudados ou “contas-pirata” da plataforma na deep web.

Antes visto como uma possível resposta para o problema da pirataria, a Netflix pode se ver sofrendo com esse problema pelas mãos de cibercriminosos. Desde o anúncio de que o serviço de streaming passaria a restringir o compartilhamento de contas entre usuários de residências diferentes, que começou a ser implementado nesta semana, aumentou o fluxo de venda de perfis fraudados ou “contas-pirata” da plataforma na deep web.

 

Postagens anunciam a venda de contas fraudadas da Netflix a partir de R$ 11, valores até menores que a taxa extra por compartilhamento (Imagem: Reprodução/Check Point)

Assinaturas trimestrais ou anuais também são oferecidas por preços mais em conta pela fidelidade, enquanto os bandidos prometem até suporte completo, com a substituição da conta em caso de bloqueio. O pagamento acontece por meio do PayPal e outros aplicativos de transferência de dinheiro, enquanto os criminosos alegam já contarem com anos de “serviços prestados”.

O que é uma “conta-pirata” da Netflix?

Uma conta-pirata nada mais é do que o acesso de uma pessoa pagante que, por uma razão ou outra, teve seus dados roubados.

Segundo a Check Point, o segredo para valores tão baixos é a utilização dessas contas furtadas, a partir de senhas vazadas ou ataques envolvendo vírus que roubam credenciais dos PCs ou smartphones dos usuários. A tendência, afirmam os especialistas em segurança, é que a busca por esse tipo de acesso indevido apenas aumente agora que a Netflix vai fechar o cerco sobre os perfis compartilhados.

“Os cibercriminosos geralmente exploram as necessidades e desejos dos usuários, alinhando seus ataques com as tendências atuais”, explica Fernando de Falchi, gerente de engenharia de segurança da Check Point Software Brasil. Por isso, a recomendação é de olho vivo nessa nova etapa de atuação da plataforma de streaming e a tomada de medidas preventivas para garantir somente usos legítimos.

Usuários devem proteger contas e evitar meios não-oficiais de acesso

Não há garantia alguma de que os cibercriminosos cumprirão o prometido, enquanto a compra de perfis na deep web ou em grupos suspeitos acaba financiando o crime e motivando ataques contra outros usuários. “Reduzir a demanda é uma maneira eficaz de combater as vendas ilegítimas e interromper os fluxos de receita destes serviços ilegais.”

Fonte: Canaltech