Você pode passar um dia, uma semana, um mês inteiro conectado e ainda assim não conseguirá – nem chegar perto – de acompanhar tudo o que acontece no Facebook; por mais que você queira e por mais amigos que você tenha na rede social, é praticamente impossível. Sabe por que?! Primeiro, porque Mark Zuckerberg decidiu assim. Segundo, que ninguém suportaria navegar sendo bombardeado com tudo que todos publicam incessantemente sem parar; e, cá entre nós, muitas vezes sem muito critério.
Felizmente, sem que a gente perceba, toda vez que abrimos o Facebook, um algoritmo extremamente treinado e guardado a sete chaves, determina o que será mostrado na timeline de cada um de nós – e nunca vai ser o mesmo que aparece no feed de notícias do seu colega, mesmo que ele esteja aí, sentado ao seu lado. Um jornalista dos Estados Unidos, publicou um relato enorme sobre uma visita que fez ao escritório do tio “Zuck” na Califórnia. Lá, ele descobriu um pouco mais sobre como esse mecanismo funciona e dividiu com a gente.
Primeiro, para se ter uma ideia da imensidão de informação que existe flutuando no Facebook e seu bilhão e meio de usuários por dia, para cada usuário “médio” da rede social, são mais de mil e quinhentos novos posts por semana; para os mais ativos, este número ultrapassa facilmente as 10 mil publicações. Claro, o Facebook não despeja tudo isso aleatoriamente na sua timeline; é aí que entra a matemática: ao entrar no Facebook, o tal algoritmo secreto super poderoso vasculha tudo o que cada um dos seus amigos e das páginas que curtiu publicou na última semana. Essas dezenas de milhares de posts são categorizados e ranqueados na ordem que o Facebook acha que é melhor pra você – começando sempre pelas publicações mais recentes e dos seus melhores amigos.
Responda rápido: quantos desses 10 mil posts você acha que são exibidos na sua timeline?! Não, muito menos; apenas 100, aproximadamente. Isso mesmo, 1%!
A análise do algoritmo vai muito além do que você curte, comenta ou compartilha. Claro, isso tudo conta, mas essas formas óbvias de interação não são suficientes. Para saber o que realmente interessa para cada um de nós, o algoritmo avalia padrões de comportamento dos usuários. Como?… Por exemplo, quanto tempo você passa olhando para um post sem rolar a página; quanto tempo você passa lendo uma notícia; se você clicou em “curtir” antes ou depois de ter lido o post; e por aí vai. Com base nessas informações – combinadas com muitas outras que o Facebook não revela por motivos estratégicos – o time de Zuckerberg criou o que chama de “placar da relevância”. Uma nota é atribuída para cada um dos milhares de posts disponíveis quando você faz login no Facebook. Os posts com nota mais alta, aqueles que têm mais chances de agradar, são colocados no topo do feed, seguindo então uma ordem decrescente de relevância. Assim que é decidido o que você vai ver e até o que vai ver primeiro…
Entendeu agora porque nem sempre seus posts bombam de likes e comentários? Ou ainda porque tão pouca gente curtiu aquela foto linda e perfeita do seu final de semana na praia? Não é só questão de popularidade. A culpa, digamos assim, é toda do algoritmo. Se dos 10 mil posts, o Facebook só te mostra 100 – o mesmo acontece com o que você publica. Segundo fontes do próprio Facebook, apenas 12% dos seus amigos vêem o que você publica. E nem sempre são os mesmos amigos. Complexo, né? Mas tudo isso tem um motivo: dinheiro!
A gente tentou insistentemente conversar com alguém do Facebook aqui no Brasil. Ninguém quis abrir a boca. Aliás, nem nos Estados Unidos se fala oficialmente sobre o assunto. É de se entender: ninguém quer abrir o segredo do tal algoritmo super poderoso, afinal é baseado nele que a rede social cobra bem caro para quem quiser expor uma marca ou propaganda na sua timeline. Entendeu a jogada?
Fonte: Olhar Digital