A Google anunciou nesta terça-feira, 19/09, a inauguração da sua primeira região de Cloud na América Latina, instalada em São Paulo. Além de permitir que empresas de todo o continente possam armazenar seus dados e aplicações de nuvem em uma estrutura de servidores e tecnologia localizada fisicamente na região, as novas instalações da Google Cloud Platform (GCP) oferecem redução de 60% a 85% do tempo de latência de acesso aos dados quando comparadas com qualquer outra das 11 regiões de Cloud que a Google tem espalhadas pelo mundo.
Para os clientes brasileiros, a oferta de cloud na região local traz uma vantagem adicional: o pagamento do uso dos recursos passa a ser feito integralmente em Reais, sendo que os impostos previstos serão recolhidos automaticamente pelo Google.
“Essa é a primeira vez que a Google oferece a opção de pagamento em moeda local nos mercados em que oferece a GCP”, diz Fabio Andreotti, diretor de Google Cloud no Brasil. “Vamos oferecer pagamento local com modelo único de preço. Qualquer cliente com CNPJ brasileiro vai receber a cobrança em reais para o uso da nuvem aqui ou em outra das 11 regiões do mundo”, disse o executivo durante o evento de inauguração.
Segundo Andreotti, a possibilidade de pagar em moeda local, somada ao modelo de precificação que obedece a uma série de alternativas para otimizar o uso e a seleção da máquina virtual, faz com que o custo benefício chegue a ser 60% melhor que o dos concorrentes diretos da companhia, para o mesmo modelo de máquina.
Para o vice-presidente global de datacentes do Google, Joe Kava, que participou do evento de inauguração, a oferta de menos latência e a possibilidade de pagamento em moeda local são dois itens importantes iniciais no check-list dos CIOs que buscam um motivo, ou um bom argumento, para convencer suas empresas e equipes a começar a migrar dados e aplicações corporativas para a nuvem.
“Queria dizer que agora somos seus vizinhos e que a Google leva muito a sério a nuvem. Levamos 12 anos para construir essa rede global com 100 mil quilômetros de fibra óptica e 8 cabos submarinos e colocamos essa tecnologia à disposição das corporações”, disse Kava.
A nova região, identificada como southamerica-east1?, terá três zonas e vai oferecer serviços corporativos de Computação (App Engine, Compute Engine e Container Engine); Big Data (Cloud Dataflow, Cloud Dataproc, Cloud Datalab); Storage (Cloud DataStore, Cloud Storage, Cloud SQL, Persistent Disk) e Networking (Autoscaler, Cloud DNS, Cloud Load Balancer, Cloud Virtual Network, Cloud VPN e Cloud Virtual Router).
Além disso, é possível combinar qualquer uma das soluções disponíveis em São Paulo com outros serviços de GCP em todo o mundo, como Prevenção de perda de dados, Cloud Spanner e BigQuery.
O diretor de engenharia de consumidor de cloud da Google, Bruce Bordelon, lembra que migrar os dados para a nuvem é apenas um primeiro passo, que tira proveito do que seria a primeira revolução trazida pela Cloud Computing, que é reduzir custos e dar mais velocidade.
A meta das empresas que estão atentas à nova jornada dos seus consumidores precisa ser mover-se para a segunda revolução da cloud, aponta Bordelon, que tira proveito dos serviços inteligentes que a nuvem traz com ela, somados à grande capacidade de processamento e armazenamento de dados que nao poderia ser pensado on premises antes.
A Cloud então passa a ser mais do que mera redução de custos custos e passa a oferecer um novo patamar de entrega de serviços, tornando-se provedora de inovaçao: automação, machine learning e big data, especialmente, que são camadas inteligentes que a GCP oferece.
Com a inauguração da região de São Paulo, a Google Cloud Platform integra 12 regiões, 36 zonas, mais de 100 pontos de presença e uma rede global com 100.000 quilômetros de cabos de fibra óptica.