O governo brasileiro parece estar se mexendo para reduzir ao máximo o espaço para espionagem. A nova informação, veiculada no Diário Oficial, é que computadores e softwares que não possibilitarem auditoria pelo poder público não serão mais comprados, o que deve abrir espaço para o software livre.
Desta forma, a partir do ano que vem, sistemas fechados como Windows e Mac OS não poderiam mais ser utilizados, caso as empresas não permitam investigação se há brechas no código dos programas para espionagem.
Hoje, ao instalar um programa, é necessário assinar um termo de uso que possibilita o monitoramento do computador do usuário de forma remota. O governo quer, no mínimo, poder saber e monitorar quando esta visualização está acontecendo para evitar o vazamento de dados.
Segundo a Folha de S. Paulo, o governo não tem planos para realizar uma troca massiva de máquinas e softwares, mas quer impedir que novos computadores que facilitem a espionagem sejam comprados. Com isso, a tendência é que o software livre, como as distribuições do Linux e os pacotes LibreOffice ou OpenOffice, sejam adotados ao longo dos próximos anos, caso não haja progresso nas negociações com empresas.
Além de possivelmente melhorar a segurança das informações governamentais, a medida também possibilitaria uma economia grande para os cofres públicos, já que estes programas não requerem o pagamento de licenças, como é o caso dos computadores com Mac OS e Windows e o pacote Office.
Fonte: Olhar Digital