Muitas companhias ainda usam a versão do sistema operacional que deixará de receber atualizações a partir de 14 de julho
O dia 14 de julho marca o fim do suporte da Microsoft ao Windows Server 2003. Na prática, isso significa que o sistema operacional para servidores deixará de receber atualizações e patches de segurança, o que pode acarretar problemas no cumprimento de normas, que podem gerar gastos desnecessários e mais custos do que migrar para uma solução nova, além de colocar a companhia em risco.
Segundo a provedora, apenas em 2014, foram detectados e resolvidos mais de 20 vulnerabilidades de segurança relativas a versão do sistema. De acordo com a empresa, “com o fim do suporte, essas ameaças não poderão ser detectadas e nem prevenidas. O risco está aí e com apenas um servidor sem patches, pode-se colocar em risco toda a infraestrutura”.
Para ajudar os clientes a migrarem para ferramentas mais atuais, a fabricante listou três passos para ajudar profissionais na tarefa:
1. Descubra e catalogue as aplicações e workloads que rodam no Windows Server 2003;
2. Avalie os tipos de aplicações e workloads conforme a complexidade;
3. Ascolha um destino para a migração de seu workload.
Quanto ao terceiro ponto, a companhia cita como opções o Windows Server 2012 R2, Azure, Cloud OS Network e Office 365. A empresa também disponibilizou um site para ajudar os usuários nas tarefas de atualização.
Oportunidade?
A Microsoft tenta fazer com que empresas vejam a migração mais como uma oportunidade do que como um problema. “As organizações que migrarem para o Windows Server 2012 R2 poderão agregar valor de negócio não só pelo aproveitamento do novo hardware, mas pelas novas opções”.
As novidades incluem recursos como acesso remoto a funcionários às aplicações de negócio, integrar a nova geração de dispositivos de forma segura, permitir opções de alta disponibilidade e a consolidação de servidores, opções de virtualização com Hyper-V integrado na versão mais atual do SO; uso do Office 365 e SharePoint.
"Além disso, elas poderão estender esses serviços de forma flexível para a nuvem com o uso do Microsoft Azure a fim de incorporar máquinas virtuais, sites web, soluções de backup online e aplicações”, adiciona.
Histórico
Desde dezembro de 2014 que a fabricante direcionava seus planos de migração tecnológica. Três meses depois da definição da data do fim do suporte, a IDC estimava que cerca de 20 milhões de equipamentos rodavam o sistema operacional lançado em abril de 2000. Alguns meses se passaram e a questão é que a plataforma ainda roda em muitas organizações.
“Apesar dos riscos, 61% das empresas continuam usando a versão da ferramenta e muitas delas o manterão após o fim do suporte, colocando em risco seus sistemas e dados confidenciais de clientes”, indicou a Symantec, que listou seis pontos que as empresas deveriam considerar na hora de planejar a atualização do sistema.
Dificuldade
Um relatório divulgado em junho pela Softchoice avaliou 200 data centers corporativos, totalizando mais de 90 mil servidores, aponta que apenas 7% das empresas migraram totalmente para versões mais recentes da tecnologia. Na primeira metade de 2015, aproximadamente 21% dos equipamentos vasculhados no estudo ainda rodavam o sistema operacional antigo, queda sobre os 32% que utilizavam a plataforma em 2014 e sobre os 43% do ano anterior.
Outra pesquisa com mais de 1,3 mil gestores de TI realizada pela Spiceworks revelou que apenas 14% dos entrevistados que tinham o sistema haviam concluído a migração para uma versão mais atual da tecnologia. A maioria (76%) fez o processo parcialmente ou ainda encontrava-se em fase de planejamento no momento que a pesquisa os indagou, em janeiro.
Além disso, 8% indicaram que não possuía planos para o upgrade. Apesar disso, 85% dos usuários do Server 2003 revelaram que estavam preocupados com eventuais vulnerabilidades e questões de segurança; 72% demonstraram preocupações com relação a compatibilidade de software e 66% afirmaram que preocupavam-se com riscos de compliance.
Dentre os que ainda não havia migrado, pouco mais da metade (51%) sinalizou que o sistema antigo ainda está funcionando e 48% disseram que não tocaram o projeto de atualização porque não tiveram tempo. Outros 37% apontaram questões relativas ao orçamento restrito e 31% justificaram a manutenção com fatores relacionados a compatibilidade de software.
Fonte:Computer World