Número de links ‘piratas’ removidos pelo Google chega a 2,5 bilhões

O Google divulgou recentemente uma nova versão do seu relatório de transparência, no qual a empresa mostra como lida com solicitações de remoção de links de suas buscas por causa de infrações de leis de monopólio intelectual. O dado mais notável é o número de links que a empresa já removeu por esse motivo: mais de 2,51 bilhões.

Só no último ano, foram mais de 931 milhões de links removidos, e quase 90 milhões só no último mês. Ao todo, mais de 1,1 milhão de sites já foram alvo de remoções desse tipo. Os sites mais afetados por essas solicitações são, nessa ordem, 4shared.com, mp3toys.xyz e rapidgator.net. Veja abaixo a lista dos maiores alvos:

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Dentre as dez organizações que mais solicitam a remoção de URLs dos resultados de busca do Google, há uma brasileira, na sexta posição. Trata-se da APDIF do Brasil (Associação Protetora de Direitos Intelectuais e Fonográficos), que já fez com que mais de 169 milhões de links “piratas” fossem removidos do buscador.

Um dos aspectos mais impressionantes do número, no entanto, é o fato de que ele vem crescendo em ritmo cada vez mais rápido. Segundo o TorrentFreak, no começo da década, milhares de solicitações de remoção de URLs eram processadas por dia. Atualmente, esse número fica na casa dos milhões – na semana mais movimentada registrada pelo Google, foram mais de 25 milhões de solicitações.

Tá pouco

Em junho, o TorrentFreak conversou com um representante da Indústria Fonográfica Britânica (BPI, na sigla em inglês), que é a organização que mais solicita a censura de links pelo Google. Ela já pediu a remoção de mais de 320 milhões de URLs do buscador, mas mesmo assim acredita que a atitude do Google com relação a links piratas é insatisfatória.

“Eles precisam ter uma postura mais proativa para reduzir conteúdos infratores que aparecem em sua plataforma, e, quando nós relatarmos conteúdo infrator para eles, queremos não apenas que o retirem, mas também garantam que isso permaneça fora do ar”, disse um representante da BPI ao site. De qualquer maneira, tudo isso pode mudar quando o Google implementar uma solução que pode, por acidente, combater a “pirataria” na internet.