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Os golpes de phishing, que enviam links e anexos com malware para roubar dados, estão entre os mais comuns no Brasil. Em 2020, por exemplo, pelo menos 20% dos brasileiros sofreram ofensivas a partir dessa técnica, segundo a Kaspersky. E os ataques têm sido associados aos mais diferentes canais. Uma das possibilidades é o uso do SMS.
Conhecida como smishing, a tática combina as mensagens de texto e o phishing. Isso quer dizer que a vítima recebe um SMS supostamente urgente com um link malicioso. Quando clica nele, um vírus é transferido para o celular e, a partir daí, o criminoso passa a ter acesso a dados pessoais e a tudo o que há no aparelho.
Oscar Zuccarelli, gerente de segurança da informação da CertiSign, afirma que esse golpe é cada vez mais comum e que os criminosos aproveitam situações cotidianas como tema. “Se é próximo de datas comerciais, eles usam promoções para chamar a atenção, por exemplo. Em meio a campanhas de vacinação, o argumento é o agendamento”, destaca.
Desde o início da pandemia de COVID-19, quando o acesso à web se intensificou, o volume desses crimes aumentou. Muitas vezes, os temas escolhidos são relacionados a ações governamentais, como a distribuição do auxílio emergencial, por exemplo.
Como se proteger?
Para não ser vítima dessa ação, é preciso se proteger. Segundo Zuccarelli, alguns cuidados simples podem ser úteis. Veja:
- Não clique em links de mensagens SMS;
- Não forneça dados pessoais via SMS;
- Se receber um SMS supostamente vindo do banco, procure diretamente com a agência;
- Se receber mensagens sobre agendamentos, promoções ou cobranças, visite o site da empresa para confirmar a informação. E fique atento: em golpes desse tipo, é comum que o fraudador crie páginas falsas idênticas às verdadeiras. Para ter certeza, confirme se o endereço tem certificado SSL: clique no cadeado no navegador e confirme as informações.
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Zucarelli alerta, ainda, para o uso de gatilhos emocionais pelos criminosos. Entram aí, entre outros, o medo e a confiança. Além disso, o fato de o smartphone ser usado em qualquer lugar ou momento, deixa a vítima propensa a ser pega desprevenida e clicar no link sem pensar. “Por isso, é importante prestar atenção em todas as mensagens que recebemos. Se for algo suspeito, não clique. Se for o caso, bloqueie para evitar futuras complicações”, ensina.