Novo relatório revela que as equipes de suporte de TI gastam mais tempo em pedidos de serviço e resolução de problemas do que em inovação.
As equipes de TI estão gastando mais de 30% de seu tempo em novos pedidos de serviço e no suporte à resolução de problemas, enquanto apenas 15% do seu tempo é alocado para inovação. Isso representa um declínio ano a ano de 25% — mesmo que a demanda para capitalizar ao melhorar o engajamento com o cliente, adotar a Internet das Coisas (IoT) e alavancar o uso de big data e analytics torne a inovação em TI um fator não negociável dentro das organizações.
Os dados constam de um novo estudo sobre como a otimização de operações de TI conduz a transformação digital, encomendado à IDC pela multinacional Dimension Data, fornecedora de soluções de planejamento e serviços de TI, divulgado nesta terça-feira, 31.
A mensagem do estudo, segundo a IDC, é clara: as empresas que não evoluírem seu modelo de negócios de TI podem perder futuras oportunidades de mercado.
O relatório destaca que a automação é essencial para otimizar as operações de TI, que devem possibilitar a execução de novas iniciativas digitais de negócio e dispor de uma infraestrutura de TI de alta disponibilidade que atenda às demandas do usuário final. Segundo o documento, isso exige uma otimização sustentável da TI para garantir acordos de nível de serviço (SLAs) melhores, com mais eficiência e uma infraestrutura de maior desempenho, que minimize os riscos de paradas.
Mas, ressalta o relatório, a liberação de recursos para a inovação continua sendo um desafio. Enquanto as empresas sabem que precisam evoluir suas operações de TI para serem mais estratégicas, a maioria das equipes internas de TI e desenvolvimento ainda luta para se manter atualizada. De fato, a maioria das empresas participantes da pesquisa disse que ainda monitora e ajusta sua TI de forma desconexa, e apenas 14% informou que sua infraestrutura é posicionada para a digitalização.
De acordo com o relatório, apenas 20% das organizações afirmam que otimizaram e automatizaram totalmente sua infraestrutura, enquanto a maioria está no caminho para a automação, mas ainda não alcançou sua meta.
- 9% das organizações não têm automação
- 13% têm automação limitada
- 13% têm automação limitada
- 25% são altamente automatizadas
O executivo de serviços da Dimension Data, Bill Padfield, diz que, além do orçamento, algumas das razões para as empresas estarem atrasadas podem ser atribuídas também à experiência e à expertise. “A transformação digital bem-sucedida exige um misto de pessoas, processos e ferramentas. No entanto, plataformas de automação de serviços de TI são caras e demoradas para serem desenvolvidas e integradas com sucesso em ambientes de TI híbrida.”
Para a pesquisa, a IDC entrevistou gerentes seniores e de TI de 275 empresas em dez países que empregam mais de mil pessoas. Do total das empresas entrevistadas, dois terços afirmaram que consideram as operações de TI como o ‘centro’ dos seus negócios.
Fonte: ComputerWorld